Se convidarem a dúvida a entrar em
seu coração e em sua mente e se acompanharem essa dúvida por todos os seus
avenidas e sombras da mente e do coração, e incansavelmente escutarem e
examinarem todas as coisas, então, o que permanecer será de seu próprio
conhecimento, e, portanto, o absoluto, o eterno.
Existe contradição de idéias, de
teorias, há confusão criada pelas constantes afirmações dos dirigentes, a
respeito do que é e do que não é.
Empilha-se teoria sobre teoria,
incerteza sobre incerteza, afirmação sobre afirmação.
O resultado de tudo isto é que o
indivíduo fica integralmente incerto; ou então, o indivíduo fica tão cercado,
tão limitado por conceitos e formas de crenças particulares, que recusa
ponderar sobre o que realmente é verdadeiro.
Ou ficam incertos, confusos, ou
ficam certos em sua crença, em sua forma particular de pensamento.
Para o homem que está
verdadeiramente incerto, há esperança; para o homem, porém, que está incrustado
na crença, naquilo que ele chama intuição, há muito pouca esperança, pois fechou
a porta à incerteza, à dúvida, e acha repouso e consolação na
segurança.
Esse estado vital de incerteza,
isento do desejo de a ele escapar, é o início de toda a verdadeira busca da
realidade.
(Ojai, E.U.A., 1936;
Omen, Holanda, 1937/38).
Voltar
|